Anita Malfati

     Nascida no ano de 1896, Anita Malfatti, uma importante desenhista e pintora brasileira foi uma das pessoas que iniciaram uma fase chamada modernismo. Suas primeiras exposições foram realizadas entre 1914 e 1917, sendo consideradas renovadoras. Anita Malfatti, além de fazer de suas obras uma importância histórica muita grande, deu inicio a esse movimento muito importante ocorrido na Semana da Arte Moderna de 1922.
        Anita nasceu em São Paulo. Iniciou seu trabalho como pintora com a orientação de sua mãe. Quando estava com 16 anos mudou-se para a Europa, começou a cursar a Academia de Belas Artes de Berlim. Após algum tempo, Anita partiu para Paris. Voltando ao Brasil em 1914, ano que realiza sua primeira exposição individual elogiada pela crítica que reconheceu seus dotes artísticos que por sinal foram desenvolvidos muito cedo, pois Anita iniciou sua carreira ainda adolescente. Em 1915, parte para os EUA onde cursou a INDEPENDENCE SCHOOL OF ART SEIA para aperfeiçoamento artístico. O diretor Homer Boss teve uma influência muito importante na formação de Anita.
Anita regressa definitivamente ao Brasil em 1916, e no ano seguinte fez sua segunda exposição individual, contendo mais de 50 trabalhos entre gravuras, pinturas e desenhos, mas a crítica conservadora não estava satisfeita com a inovação da arte e um artigo publicado por Monteiro Lobato em "O ESTADO DE SÃO PAULO" chamou a atenção da jovem artista. Alguns modernistas, como Oswald de Andrade defenderam a pintora. Deu-se inicio aí uma polêmica que envolveram vários modernistas que estariam envolvidos na SEMANA DA ARTE: Oswald de Andrade, Di Cavalcanti, Mário de Andrade, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Agenor de Barros dentre outros. A exposição de Anita contribui para a revolta contra o academicismo. Mário de Andrade deu seu depoimento e testemunhou sua importância: "Não posso falar por meus companheiros de então, mas eu, pessoalmente devo revelação do novo e a convicção de revolta". Em 1951 Anita participou da 1º Bienal de São Paulo, onde manteve uma sala em seu nome por 12 anos, onde apresentava por volta de 45 desenhos e pinturas.
Algumas de suas coletivas que se destacaram no exterior foram: Arte Moderna no Brasil (Buenos Aires, Rosário, Santiago do Chile e Lima, 1957) e Arte na América Latina desde a Independência (Museu da Cidade Norte Americanas, 1966). O Museu da Arte Brasileira, além de oferecer uma sala em nome de Anita, fez uma retrospectiva de todas as suas obras em 1971, onde são encontrados muitos retratos e auto-retratos, característica fundamental das obras de Anita.