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ILUMINISMO Introdução
Nestas
paginas procuraremos mostrar um pouco das mudanças e fatos que ocorreram
quando o Antigo Regime entra em Crise na segunda metade do século XVIII.
Marcado pela presença de grandes personagens ideologistas, o Iluminismo é apenas um dos acontecimentos ocorridos na revolução Francesa durante o século XVIII (século das Luzes). Aqui você vai encontrar um pouco sobre esses personagens e seus pensamentos, e também o governo adotado naquela época. A
revolução intelectual que se efetivou na Europa, especialmente na França,
no século XVIII, ficou conhecida como Iluminismo. Esse movimento representou
o auge das transformações culturais iniciadas no século XIV pelo movimento
renascentista. O
antropocentrismo (teoria que considera o Homem o centro do Universo) e o
individualismo renascentistas, ao incentivarem a investigação científica,
levaram à gradativa separação entre o campo da fé (religião) e o da razão
(ciência), determinando profundas transformações no modo de pensar, sentir
e agir do homem. Colocando
em destaque os valores da burguesia, o Iluminismo favoreceu ao aumento dessa
camada social. Procurava uma explicação através da razão (ciência) para
todas as coisas, rompendo com todas as formas de pensar até então
consagradas pela tradição. Rejeitava a submissão cega à autoridade e a
crença na visão medieval teocêntrica. Para
os iluministas só através da razão (ciência) o homem poderia alcançar o
conhecimento, a convivência harmoniosa em sociedade, a liberdade individual e
a felicidade. A razão (ciência) era, portanto, o único guia da sabedoria
capaz de esclarecer qualquer problema, possibilitando ao homem a compreensão
e o domínio da natureza. As
novas idéias conquistaram numerosos seguidores, a quem pareciam trazer luz e
conhecimento. Por isto, os filósofos que as divulgaram foram chamados
iluministas; sua maneira de pensar, Iluminismo; e o movimento, Ilustração.
As
tendências que marcaram o Iluminismo foram: a valorização do culto da razão e predominância da ciência; crença no aperfeiçoamento do homem e a
liberdade política, econômica e religiosa.
A
ideologia burguesa O
Iluminismo expressou o aumento da burguesia e de sua ideologia. Foi a culminância
de um processo que começou no Renascimento, quando se usou a razão para se
descobrir o mundo, e que ganhou aspecto essencialmente crítico no século
XVIII, quando os homens passaram a usar a razão (ciência) para entenderem a
si mesmos no contexto da sociedade. Tal espírito generalizou-se nos clubes,
cafés e salões literários. A filosofia considerava a razão indispensável
ao estudo de fenômenos naturais e sociais. Até a crença devia ser
racionalizada. Os iluministas eram deístas, isto é, acreditavam que Deus está
presente na natureza, portanto no próprio homem, que pode descobri-lo através
da razão. Para encontrar Deus, bastaria levar vida piedosa e virtuosa; a
Igreja tornava-se dispensável. Os iluministas criticavam-na por sua intolerância,
ambição política e inutilidade das ordens monásticas (vinda de monges,
autoridades religiosas). Os iluministas diziam que leis naturais regulavam as relações entre os homens, tal como regulavam os fenômenos da natureza. Consideravam os homens todos bons e iguais; e que as desigualdades seriam provocadas pelos próprios homens, isto é, pela sociedade. Para corrigi-las, achavam necessário mudar a sociedade, dando a todos liberdade de expressão e culto, e proteção contra a escravidão, a injustiça, a opressão e as guerras. O princípio organizador da sociedade deveria ser a busca da felicidade; ao governo caberia garantir direitos naturais: a liberdade individual e a livre posse de bens; tolerância para a expressão de idéias; igualdade perante a lei; justiça com base na punição dos delitos, conforme defendia o jurista milanês Beccaria. A forma política ideal variava: seria a monarquia inglesa, segundo Montesquieu e Voltaire; ou uma república fundada sobre a moralidade e a virtude cívica, segundo Rousseau.
Podemos
dividir os pensadores iluministas em dois grupos: os filósofos, que se
preocupavam com os problemas políticos; e os economistas, que procuravam uma
maneira de aumentar a riqueza das nações. Os principais filósofos franceses
foram Montesquieu, Voltaire, Rousseau e Diderot.
Montesquieu- Publicou em 1721 as cartas Persas, em que ridicularizava costumes e
instituições. Em 1748, publicou o Espírito das leis, nela estudou as
diversas formas de governo – despotismo, monarquia e República - destacava
a monarquia inglesa e recomendava, como única maneira de garantir a
liberdade, a independência dos três poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário.
Defendia o princípio de que as diferentes formas de governo seriam o
resultado da situação socioeconômica de cada país, na seguinte ordem: países
de grande extensão territorial adotariam O Despotismo: países de tamanho médio,
a Monarquia Limitada e países de dimensões pequenas adotariam a República.
Voltaire-
Foi o mais importante dos iluministas franceses. Por fazer duras críticas aos
privilégios da nobreza e da igreja e defender as liberdades individuais,
Voltaire foi obrigado a se exilar (sair) da Inglaterra. Ajudou a difundir as
idéias liberais do filósofo iluminista inglês LOCKE e atacou a igreja com a
maior fonte de ignorância e fanatismo que existia. Defensor da tolerância e
do respeita às opiniões contrárias, Voltaire detestava a arrogância do
estado e da igreja. Suas ironias lhe proporcionaram inúmeros inimigos
poderosos, ao que ele respondia. “que Deus me livre dos meus amigos, que dos
meus inimigos me livro eu”. No seu célebre cândido, um livro pequeno leve
e muito divertido, ele resumiu suas principais idéias. Também colaborou na
elaboração da enciclopédia. Criticava o absolutismo de direito divino,
propondo a participação da burguesia esclarecida no governo, como forma de
garantir a paz e a liberdade, tanto política quanto religiosa. Discípulos se
espalharam pela Europa e divulgaram suas idéias, especialmente o
anticlericalismo (anti – a classe de sacerdotes e ministros cristões). Rousseau-
Teve origem modesta e vida aventureira. Nascido em Genebra, era contrário ao
luxo e a vida mundana. Em Discurso Sobre a Origem da Desigualdade Entre os
Homens, defendeu a tese da bondade natural dos homens, pervertidos pela
civilização. Consagrou toda a sua obra à tese da reforma necessária da
sociedade corrompida. Propunha uma vida familiar simples; no plano político
uma sociedade baseada na justiça, igualdade e soberania do povo. Como mostra
em seu texto mais famoso, O Contrato Social. Sua teoria da vontade geral,
referida ao povo foi fundamental na Revolução Francesa e inspirou
Rodespierre e outros líderes. Suas principais idéias estão nas obras:
Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens (que acusava a
propriedade privada de destruir a liberdade social promovendo o despotismo
(sistema de governo absolutista), a fraqueza e a corrupção da sociedade.
Para ele, “a propriedade introduzia a desigualdade entre os homens, a
diferenciação entre o rico e o pobre, o poderoso e o fraco, o senhor e o
escravo, até a predominância da lei do mais forte. O homem era corrompido
pelo poder e esmagado pela violência) e Contrato Social (afirmava que, para
combater a desigualdade introduzida com o aparecimento da propriedade privada,
os homens deveriam consentir em fazer um contrato social, pelo qual cada indivíduo
concordava em se submeter inteiramente à vontade geral, ou seja, à vontade
do “soberano”, que era o próprio povo. Portanto, o que prevalecia era a
vontade da comunidade e não a vontade individual de cada membro dessa
comunidade. Como cada indivíduo se unia a todos e ninguém se unia em
particular, o homem continuaria livre, uma vez que todos tinham direitos
iguais na comunidade). Para Rousseau o governo era apenas “o ministro do
soberano”, o agente encarregado de executar a lei. Seu poder poderia ser
modificado limitado ou retomado sempre que o povo desejasse. Rousseau
destacou-se dos demais filósofos iluministas por valorizar não somente a razão,
mas também os sentimentos e as emoções, pregando a volta à natureza e `a
simplicidade da vida. Sua teoria da “vontade geral” inspirou os líderes
da Revolução Francesa e do movimento socialista do século XIX. Diderot-
Organizou a Enciclopédia, publicada entre 1751 e 1772, com a ajuda do matemático
d’Alembert e da maioria dos pensadores e escritores. Proibida pelo governo
por divulgar as novas idéias, a obra passou a circular clandestinamente. Os
ecomistas pregaram essencialmente a liberdade econômica e se opunham a toda e
qualquer regulamentação. A natureza deveria dirigir a economia; o Estado só
intervia para garantir o livre curso da natureza. Eram os fisiocratas, ou
partidários da fisiocracia (governo da natureza). Quesnay afirmava que a
atividade verdadeiramente produtiva era a agricultura. Gournay propunha total
liberdade para as atividades comerciais e industriais, consagrando a frase:
“Laissez Faire, laissez passer.” (deixe fazer, deixe passar). Os escocês
Adam Smith, seu discípulo, escreveu a riqueza das nações (1765), em que
defendeu: Nem a agricultura, como queriam os fisiocratas; nem o comércio,
como defendiam os mercantilistas; o trabalho era fonte da riqueza. O trabalho
livre, sem intervenções, guiado espontaneamente pela natureza.
DESPOTISMO ESCLARECIDO O
despotismo esclarecido foi adotado por monarcas europeus os seus primeiros
ministros em países economicamente atrasados no século XVIII influenciados
pela idéias iluministas procuravam modernizar seus Estados, sem abandonar o
poder absoluto. Em parte, sinceramente, tocados pelas novas idéias, mas,
principalmente, tentando impedir que descontentamento dos setores conscientes
da população, como a burguesia, se generalizassem em revolução. Para
atingir seus objetivos, realizaram algumas reformas de caráter social, como a
construção de hospitais e asilos e o aumento da divulgação da educação e
cultura. Tentaram desenvolver os recursos econômicos de seus países,
incentivando o comércio e a indústria. As
reformas realizadas pelos déspotas esclarecidos buscavam conciliar a
autoridade absoluta do monarca com as propostas de liberdade dos iluministas,
que combatiam os privilégios e o parasitismo da aristocracia e o
obscurantismo do clero. Esses monarcas, porém, não foram bem-sucedidos .
isso porque queriam forcar o desenvolvimento de seus países, saltando as
etapas naturais desse processo.
Assim, por exemplo, além de impedir qualquer participação popular, tentavam
conduzir uma política econômica sem a participação da burguesia e,
portanto, sem capitais para
desenvolver a indústria e fazer
o país produzir. Ao contrário do que pretendiam os déspotas esclarecidos,
seus países não chegaram a se tornar nações modernas, em condições de
igualdade com a Inglaterra e a França. O
Despotismo Esclarecido é apenas passado um tema cristalizado. Os principais déspotas esclarecidos foram: Frederico II, rei da Prússia; Catarina II, czarina da Rússia; Marquês de Pombal, ministro de Dom José I de Portugal; e Aranda, ministro de Carlos III da Espanha
A Queda da Bastilha
Na medida em que a nobreza recusou-se a abrir mão de seus privilégios, o rei Luís XVI viu-se forçado a convocar a Assembléia dos Estados Gerais, que reuniria os representantes da Nobreza, do Clero e do Povo ( burgueses). As manobras políticas da realeza tinham por objetivo fazer aprovar nova legislação, que preservaria os privilégios do 1° e 2° estados e ao mesmo tempo sobrecarregariam o 3° estado.
Em 17 de junho os representantes do povo se auto proclamam Assembléia
Nacional. Esse fato representa de um lado o grau de organização e a consciência
da burguesia, ancorada pelos ideais do Iluminismo, e ao mesmo tempo nos dá idéia
de qual era a perspectiva de Revolução para essa classe social, eliminar o
Antigo Regime, através de uma reforma na legislação, forçando o rei a
aceitar o organização de um poder legislativo responsável pela elaboração
das leis.
Ao contrário, no campo, a situação era de marcada por grande radicalização
caracterizada por invasões de propriedades senhoriais,,onde muitos nobres
foram executados, cartórios invadidos, onde os títulos de propriedade feudal
eram queimados. Os camponeses não possuíam uma ideologia definida e nem um
projeto acabado, porém o movimento – Grande Medo - refletia a situação de
profunda miséria vivida no campo Conclusão
Conclui-se,
com esse trabalho, o quanto os pensadores iluministas se empregam em suas ideologias e
publicações. E as conseqüências que o Iluminismo acabou deixando, como por
exemplo, o aparecimento do despotismo esclarecido em vários países na
Europa. Enquanto a Burguesia, os Iluministas acreditavam que Deus está
presente na natureza, e que pode descobri-lo através da razão, então, ai
está o princípio do Iluminismo e dos nossos pensamentos. Para nós fica este exemplo de lutarmos por aquilo que achamos
corretos(nossas opiniões), e que não ficar calado aceitando tudo que ocorre.
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