INSTRUÇÕES

  • Ø CADERNO DE PROVA

  • ¨ Este caderno contém as Partes 1 e 2 da Segunda Prova e 8 (oito) folhas para rascunho.

  • ¨ As folhas para rascunho são de uso opcional; não contarão, portanto, para efeito de correção.

  • ¨ Caso este CADERNO DE PROVA E RASCUNHO ou o CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS estejam incompletos ou tenham qualquer defeito, o candidato deverá solicitar ao Encarregado de Sala que o substitua.

  • ¨ Durante a realização da prova, não será permitida a utilização de livros, dicionários, apontamentos, apostilas, réguas, calculadoras ou qualquer outro material de consulta.

  • ¨ Durante a prova, o candidato não pode comunicar-se com outros candidatos.

  • ¨ Não serão distribuídas folhas suplementares para rascunho nem para texto definitivo.

  • ¨ A prova terá duração de 5 horas já incluído o tempo destinado à identificação do candidato _ que será feita no decorrer da prova _ e à transcrição dos textos para o CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS.

  • ¨ Ao terminar a prova, o candidato deve comunicar-se com o Encarregado de Sala e devolver-lhe o CADERNO DE TEXTOS DEFINITIVOS e também este CADERNO DE PROVA E RASCUNHO, que será rasgado à sua vista. Após receber o seu documento de identidade, o candidato deve deixar o local de prova.


Escrever é uma prática social que consiste, em boa medida, em escrever contra, sobre ou, mais simplesmente, a partir de outros textos. Não há escrita sem polêmica, retomada, citação, alusão etc. Ninguém escreve por uma suposta inspiração, quer se trate de um repórter, de um cientista ou de um poeta.

Nesta prova, em que você deve elaborar uma dissertação, é recomendável que o texto a ser produzido esteja o mais próximo possível das escritas reais, com as características histórico-sociais normalmente associadas a essa prática.

Por isso, ao invés de simplesmente lhe propormos um tema, que você desenvolveria a partir de sua memória ou de seu conhecimento, estamos pedindo que você se coloque na posição de alguém que, como parte de seu trabalho, receba a solicitação de produzir um texto. Na vida real, você faria pequena pesquisa e escreveria a partir dela.

Suponha, agora, que alguém tenha feito essa pesquisa por você, e reuniu a breve coletânea transcrita neste caderno.

É a partir dela que você deverá redigir sua dissertação. Ou seja, a coletânea deve ser considerada no desenvolvimento do tema proposto. Não é necessário levá-la em conta em sua totalidade, nem concordar com as posições nela eventualmente expressas. Sua função é permitir que o texto a ser produzido seja, o máximo possível, um caso de escrita efetiva.


Os dicionários comuns não trazem nomes próprios, a pretexto de que desconhecê-los não é desconhecer a língua. Levando em conta os trechos ou imagens a seguir, ou outros de que tenha conhecimento, em que o uso dos nomes ou símbolos aparece ligado a questões políticas, ideológicas, legais, religiosas, mercadológicas, humorísticas e outras, comente a seguinte afirmação:

"Os nomes próprios não têm sentido, mas têm história"


Folha de S.Paulo

São Paulo, quarta-feira, 27 de dezembro de 2000


Petrobras muda de nome para PetroBrax

CHICO SANTOS E ISABEL CLEMENTE

DA SUCURSAL DO RIO

A estatal Petrobras, maior empresa do país, está mudando de nome comercial para PetroBrax. Segundo o presidente, Henri Philippe Reichstul, o objetivo é unificar a marca e facilitar sua internacionalização.

O novo nome foi escolhido pela agência de design Und SC Ltda., contratada sem licitação. A troca da logomarca nas instalações da empresa custará US$ 50 milhões, num processo que deve durar seis meses.

A decisão de mudar a marca foi tomada após a aprovação do plano estratégico da Petrobras. Um dos argumentos favoráveis foi que o sufixo "bras" estaria associado à idéia de ineficiência estatal.


Itamar Assumpção

CD - Capa MÚSICA


Pretobrás

Título do CD de Itamar Assumpção



D 5 terça-feira, 2 de janeiro de 2001


ESPORTE

Folha de S.Paulo

Família espalha marca pela cidade

DA SUCURSAL DO RIO E DO ENVIADO ESPECIAL

A REGENERAÇÃO

O domínio da família de Alfredo Nunes em Regeneração fica evidenciado nos nomes dos principais prédios, ruas e estabelecimentos do município do Piauí.

O hospital de Regeneração chama-se Maria Helena Nunes, que era a mãe do novo prefeito e ex-vice-presidente da CBF. O Hospital Estadual Maria Helena Nunes está localizado na ave

nida Alberto Leal Nunes. Jornalista já morto, Alberto Leal Nunes era filho de Maria Helena e irmão de Alfredo Nunes.

Em homenagem a um tio do dirigente da CBF, a rodoviária foi batizada com o nome de Hermes Teixeira Nunes.

Prefeito em duas ocasiões, Augusto Teixeira Nunes, primo do prefeito elei

to, dá o nome ao centro esportivo do município.

Ex-deputado estadual, prefeito de Regeneração em duas gestões e de Floriano (município próximo) em uma, o pai de Alfredo Nunes, Gonçalo Teixeira Nunes, é uma exceção. O nome dele, pelo menos aparentemente, não é visto durante um passeio pela cidade.


Folha de S.Paulo

A 9 terça-feira, 9 de janeiro de 2001 MUNDO


Juíza entende que os garotos que mataram James Bulger, 2, devem ter alguma forma de proteção quando estiverem livres

Assassinos de menino ganham direito ao anonimato

JOSÉLIA AGUIAR - DE LONDRES

Os dois garotos britânicos que espancaram até a morte um menino de 2 anos, em 1993, vão ter o direito a novas identidades quando forem libertados, ainda este ano.

Jon Venables e Robert Thompson tinham 10 anos quando assassinaram James Bulger, um dos crimes mais rumorosos da história recente do Reino Unido. Eles vão ganhar liberdade condicional nos próximos meses.

Ontem, os dois obtiveram na Justiça o direito de mudar de nome. A imprensa estará impedida de revelar suas novas identidades e endereços.

Fotos atuais dos dois jovens não deverão ser publicadas. Durante 12 meses também não poderão ser divulgadas informações sobre o perí

odo em que estiveram presos.

Inédito

A juíza Elizabeth Butler-Sloss, responsável pela decisão, afirmou que as "circunstâncias quase inéditas" do caso faziam com que Venables e Thompson estivessem sob risco.

A juíza disse que entendia a "importância imensa" da liberdade de expressão, mas argumentou que a decisão foi tomada para proteger a vida dos rapazes.

Segundo a juíza, os dois jovens se tornaram muito conhecidos e podem ser alvo de ataque de parentes da vítima ou da população.

Os advogados dos dois rapazes haviam argumentado que o pai de

James Bulger, Ralph, havia feito ameaças de morte por intermédio da imprensa.

A mãe do bebê, Denise Fergus, disse ontem que estava desapontada com a decisão. "Se houver alguma coisa que se pareça com o inferno, eu e minha família vivemos isso diariamente", afirmou, em um comunicado.

Jornais, revistas e emissoras de TV do Reino Unido eram contra a restrição de cobertura e ainda podem recorrer da decisão.



COTIDIANO

Folha de S.Paulo

C 6 quarta-feira, 10 de janeiro de 2001


Adeptos do candomblé poderão dar aos filhos nomes de origem africana

O Tribunal de Justiça de São Paulo autorizou ontem seguidores do candomblé a batizarem seus filhos com nomes de origem africana. De acordo com essa religião, as crianças recebem nomes definidos pela linhagem espiritual e pela ancestralidade.

Normalmente, funcionários dos cartórios negam os nomes africanos alegando que podem expor a criança ao ridículo, o que é proibido pela "lei dos

registros públicos". Diante da negativa, o músico Anderson Jorge Enéas e a professora Silvia Renata Nascimento da Silva, seguidores do candomblé, recorreram ao juiz-corregedor dos cartórios, que manteve a posição. O casal recorreu então ao Tribunal de Justiça, que autorizou que a filha chamasse Titilolá, que quer dizer "aquela que terá honra e riquezas para sempre". A menina tem hoje 5 meses.

"Os cartórios estavam praticando uma discriminação religiosa e racial", afirma Hédio Silva Junior, advogado do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert), que ajuizou a ação.

Na decisão, o Tribunal reconhece que recusar o nome "seria rejeitar a origem genética da maioria do povo brasileiro e não aceitar o aspecto cosmopolita das raças de nosso país".

(AURELIANO BIANCARELLI, DA REPORTAGEM LOCAL)

                       


A 14 quinta-feira, 25 de janeiro de 2001

CIÊNCIA


Folha de S.Paulo

Nomes científicos homenageiam personagem de desenho animado, grupo cômico e até marca de cerveja

Roqueiro britânico "batiza" dinossauro

CLAUDIO ANGELO

DA REPORTAGEM LOCAL

Agora é oficial. O guitarrista Mark Knopfler, líder da banda britânica Dire Straits, virou dinossauro. Não do rock, o que ele já é há algum tempo, mas dinossauro de verdade. Um grupo de pesquisadores dos EUA encontrou, durante escavações em Madagascar, um carnívoro de cerca de 65 milhões de anos, que recebeu o nome de Masiakasaurus knopfleri em alusão ao músico inglês.

O M. knopfleri foi descrito por uma equipe da Universidade de Utah na edição de hoje da revista "Nature" (www.nature.com). Segundo o paleontólogo Scott Sampson, principal autor da descoberta, o batismo tem uma dupla razão. Primeiro, a

música de Knopfler divertiu os cientistas enquanto escavavam sob o escaldante sol malgaxe. Depois, ela também trouxe sorte durante o trabalho. "Sempre que a música de Knopfler tocava, parecia que os membros da expedição achavam mais ossos", afirmou.

É a primeira vez que um dinossauro é batizado em homenagem a um roqueiro. Mas é cada vez mais comum ver na paleontologia e na zoologia nomes científicos curiosos, inventados pelos pesquisadores em rompantes de criatividade e humor -ou em boas jogadas de marketing.

"Os cientistas estão deixando de usar os nomes gregos e latinos tradicionais e passando a criar os nomes eles

mesmos", disse à Folha o paleontólogo canadense Philip Currie, do Royal Tyrrell Museum, na província de Alberta.

Em outras palavras, o leigo que tiver coragem de prestar atenção aos complicados nomes científicos de bichos e plantas poderá se deliciar com citações a personagens de ficção e até a marcas de cerveja.

                               



A 1 segunda-feira, 1o de janeiro de 2001 OPINIÃO


Diário de Gutemberg


E 2 Sábado, 13 de janeiro de 2001

ESPORTE

O Estado de S.Paulo

               


Sobrenome que dignifica o esporte

"É uma perda muito grande, irreparável, e pouco tempo depois da morte de João Carlos de Oliveira. Perdemos dois grandes atletas. É com grande honra que carrego o sobrenome Da Silva, assim como Adhemar Ferreira e Ayrton Senna".

Róbson Caetano da Silva, medalha de bronze nos 200 metros na Olimpíada de Seul


  • Partindo desta coletânea, um leque de possibilidades se abre para a produção de seu texto. Os enfoques que se seguem servirão apenas como mais uma opção para o desenvolvimento do tema. Você deverá se sentir livre para adotar outras abordagens. A não-observância a essas linhas de raciocínio não acarretará prejuízos no aproveitamento do seu trabalho.

1. Oposição nacional X estrangeiro, atendo-se aos textos que tratam do nome da Petrobras, da autorização judiciária atribuir a crianças nomes de candomblé, da charge que coloca o símbolo de uma multinacional no Palácio do Planalto, agregando as alusões que o título do disco de Itamar Assumpção permitir.

2. Questão legal (ou jurídica), considerando fatos como:

a) autorização para a mudança de nome dos jovens ingleses que cometeram um crime, aliando a esse aspecto os efeitos da mídia sobre a imagem das pessoas, a dificuldade de inserção social de pessoas com graves desvios de conduta, a devolução ao anonimato como forma de superação de estigmas;

b) autorização judiciária para atribuir nomes oriundos do candomblé, podendo ser abordada a discriminação racial e religiosa, o respeito a todas as religiões e raças como expressão de identidade pessoal;

c) a questão da mudança do nome da Petrobras.

3. Anonimato X Popularidade:

a) atendo-se à questão dos garotos britânicos que só na condição de anônimos seriam reintegrados socialmente e à questão da família Nunes que fez do nome um mecanismo de dominação.

b) ainda nessa dicotomia, pode ser considerada a exaltação do nome para fatos e realizações científicas e de sobrenome aparentemente comum identificando atletas famosos e bem-sucedidos em suas atividades.

4. Aspectos tendo como projeto básico mostrar que uma questão aparentemente banal pode ter significados variados em domínios relativamente distintos.


Por puro prazer

No calendário de Chantal Thomas, as alterações são claras. O século 18 vivia o prazer sem culpa. O século 19 introduz a separação entre o trabalho e o gozo, entre o dever e as férias. O século 18 desconhecia a infelicidade da loucura. O século 19 vai isolar os loucos, e a morte, do resto da sociedade. O século 18 era curioso e caótico. O século 19 prioriza o romance social e a vida como um cálculo.

De volta ao tempo presente, Chantal Thomas confessa não se sentir muito à vontade em meio a certas visões contemporâneas do prazer. No seu mais recente ensaio, Comment suporter la liberté (Como suportar a Liberdade), repleto de prazerosas e caricatas histórias, exemplos, citações e confissões, propõe "formas de habitar as margens e inscrever miragens". Segundo ela, basta atentar para a disponibilidade das pessoas e para a maneira frenética como preenchem seu tempo. "Há cada vez mais uma certa obsessão pelas férias, e um medo incrível de um vazio do tempo. As férias, hoje, são planejadas com extrema antecedência pelos circuitos turísticos e ditadas pela publicidade. Como se essa espécie de sentimento de estar à beira do futuro, numa falésia, sem nada no horizonte, fosse algo temeroso. As pessoas querem um horizonte enquadrado e programado."

Ela defende a restauração das pequenas viagens do percurso cotidiano. Na sua opinião, a indústria do turismo matou um certo tipo de viagem e também uma certa representação do mundo. Chantal Thomas prefere Corto Maltese, o viajante errante das histórias em quadrinhos criado por Hugo Pratt, a um pacote turístico de uma semana no Quênia ou a ofertas do tipo "como conhecer Veneza num dia". Prefere o aventureiro Ernest Hemingway de Paris é uma festa aos outdoors de agências de viagem ilustrados por paisagens edênicas e legendados por oníricos slogans sobre a liberdade. Prefere a viagem de Gustave Flaubert ao Oriente, descrita na sua correspondência, ao que ele chama de "máquina de produzir o autêntico", que vende artesanato e tradições de forma espetacular. Prefere a frase perdida numa carta de Diderot postada em São Petersburgo: "Terei feito a mais bela viagem possível quando estiver de retorno"; ou as divagações e acusações de Guido Geronetti, em Un voyage en Italie (Uma viagem à Itália): "No turismo não existe vida nem morte, felicidade ou dor; há somente o turismo, que não é a presença de algo, mas a privação de tudo, mediante um pagamento".


Chantal Thomas dispara também contra a "bulimia cultural" de nossa época. As solicitações culturais em demasia, segundo ela, acabam por impor uma visão igualmente turística das manifestações. "Enriquecer-se culturalmente" virou moda, lazer ou obrigação, e não um prazer e/ou aprendizado. Certo dia, ela espantou-se diante da gigantesca fila, sob a chuva, à entrada de um museu que exibia uma grande exposição de obras do mestre impressionista Paul Cézanne. "Essas necessidades criadas fazem com que as pessoas sintam a obrigação de não perder o evento. Nossa sociedade nos inflige coisas, não nos encoraja a procurar nosso ritmo. É preciso assumir nosso gosto, mesmo se ele é frágil". Muitas das telas incensadas em exposições midiatizadas sempre estiveram lá, penduradas no Louvre ou em outros museus. "Por que procurá-las apenas em ocasiões especiais? Somos levados a isso".

Segundo ela, o prazer, hoje, não está equivocadamente relacionado apenas a essas imposições culturais, mas intimamente ligado ao dinheiro. "É algo completamente oposto aos anos 70, nos quais a idéia prevalente era o prazer gratuito, de que tudo que se comprava não valia nada. Havia uma ética do despojamento, forçada até o masoquismo. Mas, hoje, a idéia é inversa e muito enraizada entre os jovens. É preciso comprar. Quer-se mais o poder do dinheiro do que a conquista da independência. Há uma fascinação pelo dinheiro".

À riqueza como requisito para o prazer contrasta-se a solidão como causa da dor. Chantal Thomas condena a ditadura dos dias atuais da imagem da felicidade a dois. "O resultado é que, quando as pessoas estão sozinhas, não sabem o que fazer. Não encaram esses momentos como felizes ou gloriosos. São momentos não contados nas suas vidas", sustenta. Solidão, segundo ela, é uma palavra carregada com uma conotação de tristeza e de incapacidade. Para ter sucesso sozinho, diz, é preciso cometer um ato heróico, que envolva sofrimento, como uma travessia do oceano ou a escalada de uma montanha. "Hoje, já há quase um lugar para a solidão. Ela é sempre encarada como um momento entre duas histórias de amor, como um intervalo à espera de alguém, uma encruzilhada, e não como um momento em si, que pode ser prazeroso", conclui.

Chantal Thomas acredita que muito da questão da liberdade, hoje, está vinculado a um mal-estar individual, e não a problemáticas intelectuais. "Há um certo jogo entre narcisismo bruto, que produz um certo mal-estar, e algo em torno do hedonismo. A liberdade dos anos 70 era política e voluntarista, de palavras de ordem. Depois, houve um recuo. Hoje há um tipo de reflexão moral sobre a sociedade e o indivíduo. Não é uma liberdade de palavras de ordem políticas, mas feita de distâncias em relação a situações. É preciso achar mobilidade em meio a isso tudo. É microscópico, mas também é imenso". (...)

Chantal Thomas também não dissipa seus dias e rejeita a anestesia do cotidiano. Ela busca a sensação do prazer sem precisar do seu contrário, a dor. Montaigne dizia que o prazer não conduzia ao esquecimento de si mesmo, mas sim ao autoconhecimento. Chantal Thomas lamenta que a esfera da população privilegiada por ter trabalho não aproveite "a extraordinária chance que tem de viver seus dias em todo o seu potencial de excitação, de algo que se inicia". Fiel à máquina do tempo que a transporta sempre para o século 18, no momento ela escreve uma obra de ficção sobre a rainha Maria Antonia, a quem dedicara antes um ensaio. Mas, invariavelmente, inquieta, já tem um novo livro na cabeça. Escreverá sobre um dia. Sobre a beleza de um dia. Carpe diem."