Área - Aduana - Gabarito
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RELAÇÕES ECONÔMICAS
INTERNACIONAIS
01- Relações de Intercâmbio são uma relação
entre os preços pelos quais um país vende suas exportações e os preços que tem
de pagar pelas suas importações. São Tipos de Relações de Intercâmbio (de Troca)
todas as abaixo, exceto:
a) Relações de
Produção
b) Relações-Utilidade
c) Relações de Custo
Real
d) Relações Fatoriais Simples
e) Relações
Líquidas
02- Não constitui prática considerada restritiva por
Empresas (privadas ou públicas):
a) fixar preço e condições de
compra, venda ou leasing de qualquer produto
b) excluir empresas ou
dividir mercados ou alocar clientes
c) permitir o desenvolvimento
de tecnologias patenteadas em outro país
d) discriminar contra
empresas
e) impor limites de produção
03- Leia com
atenção as frases abaixo:
“Vendas no estrangeiro de bens e serviços
produzidos em um país”.
“Entrada de mercadorias e serviços
estrangeiros em um país”.
“Retorno a um país de mercadorias de sua
produção, anteriormente remetidas a um segundo país, após maior ou menor grau de
transformação realizada por este último”.
“Entrada de mercadorias
em um determinado país, produzidas em outro, com a finalidade de serem
posteriormente vendidas ao exterior, com ou sem
transformação”.
“Remessa de bens de uma região para outra dentro do
mesmo país.”
Os conceitos acima mencionados referem-se respectivamente a
:
a) reexportação, exportação interna, exportação, importação,
reimportação
b) Importação, reimportação, reexportação, exportação
interna e exportação
c) reimportação, reexportação, exportação
interna, exportação e importação
d) exportação interna, exportação,
importação, reimportação, reexportação
e) exportação, importação,
reimportação, reexportação, exportação interna
04- Acerca do
Dumping não é correto afirmar:
a) O GATT e a OMC não proíbem
práticas de dumping se elas forem voltadas para o mercado
interno.
b) Para uma medida anti-dumping ser adotada é preciso que
haja uma investigação de acordo com o Acordo Anti-Dumping.
c) Um
produto é exportado com preço de dumping se é introduzido no comércio exterior
de outro país por um valor inferior ao vendido no mercado
doméstico.
d) Caso não haja a venda de produto similar no mercado
doméstico, deve-se comparar com vendas de produtos similares em outros
mercados.
e) Os custos devem ser calculados com base no registro do
país importador do bem.
05- A transnacionalização é um fenômeno
distinto que, sutilmente, relega a internacionalização comercial quase a um
segundo plano. Este fenômeno começou a ser percebido a meados dos anos sessenta,
quando o valor da produção das subsidiárias dos grandes conglomerados
industriais no estrangeiro começou a superar o valor do comércio internacional.
O auge da inversão estrangeira direta, que alentou a instalação destas
sucursais, deveu-se a múltiplos fatores: a reconstrução e recuperação de um
mundo destruído pela guerra, o descobrimento da possibilidade de dividir o ciclo
produtivo de maneira muito mais fina do que no passado e a compreensão de que
era possível ter acesso às vantagens comparativas (relativas) peculiares que
ofereciam os diversos países e regiões do mundo.
O grande mérito de um
economista foi mostrar que o comércio também seria proveitoso para dois países,
mesmo que um deles tivesse vantagem absoluta sobre o outro na produção de todas
as mercadorias; mas sua vantagem seria maior em alguns produtos do que em
outros.
O economista em questão foi:
a) Adam
Smith
b) Keneth Galbraith
c) David
Ricardo
d) Karl Max
e) Stephen Kanitz
06-
A internacionalização sempre existiu, ou pelo menos existe desde o início da
idade moderna quando surgiram os estados nacionais. Um dos atributos essenciais
dos estados é manter relações com outros estados. Fatores de ordem natural fazem
com que alguns países tenham possibilidade de produzir determinados artigos,
enquanto outros não o podem. Em conseqüência, tornar-se-á mais vantajoso para os
países ou regiões aplicar o princípio da divisão do trabalho, especializando-se
nas atividades produtivas para as quais se encontrarem mais aptos e permutar os
produtos entre si. Baseando-se nos critérios adotados por Killough (1960:3-10),
podemos afirmar que as diferenças entre o comércio interno e o comércio
internacional são devidas principalmente a:
a) relações do valor do
trabalho, idioma, não- existência de barreiras aduaneiras, longas distâncias,
variações de ordem monetária e variações de ordem legal.
b)
variações no grau de mobilidade dos fatores de produção, natureza do mercado,
existência de barreiras aduaneiras a outras restrições, longas distâncias,
variações de ordem monetária e variações de ordem legal.
c)
variações de ordem jurídica, amizade entre as partes diplomáticas, variações no
grau de mobilidade dos fatores de produção, natureza do mercado, existência de
barreiras aduaneiras a outras restrições, variações de ordem monetária e longas
distâncias.
d) mobilidade dos fatores de produção, especialmente
com relação ao fator trabalho, longas distâncias, variações de ordem jurídica e
política, movimentos migratórios, volatilidade de capitais, existência de
barreiras aduaneiras a outras restrições.
e) especialização
profissional, associações, costumes e legislação imigratória, existência de
barreiras aduaneiras a outras restrições, variações de ordem monetária,
variações de ordem legal e longas distâncias.
07- A Teoria de
Vantagens Absolutas afirma em quais condições determinado produto ou serviço
poderia ser oferecido com:
a) preço final (CIF) inferiores aos do
concorrente.
b) preços de aquisição inferiores aos do
concorrente.
c) custo de oportunidade maior que as do
concorrente.
d) preços de custo inferiores aos do
concorrente.
e) menor eficiência que os do
concorrente.
08- “O comércio internacional depende das diferenças
dos custos (ou preços) relativos dos artigos produzidos pelos vários países. Mas
por que esses custos relativos diferem entre países?”
A Dotação Relativa dos
Fatores de Produção não se refere a uma das afirmativas abaixo.
Identifique-a.
a) O conjunto de condições naturais e sociais que
influenciam a eficácia das forças produtivas nos diversos setores de produção e
produtividade do trabalho também teriam uma forte influência nos
preços.
b) Os diversos produtos exigem proporções diferentes de
fatores de produção para serem produzidos.
c) Os fatores de
produção não se encontram distribuídos nas mesmas proporções nos diversos
países.
d) Um fator relativamente escasso em um país terá um custo
relativo mais elevado.
e) A causa da diferença de custos relativos
reside na distribuição desigual de recursos (fatores) de
produção.
09- Para explicar a relação entre
comércio de produtos primários e industrializados, a Comissão Econômica para
América Latina (CEPAL) apresentou uma série de estudos e propostas. Acerca da
CEPAL pode-se fazer as seguintes afirmativas abaixo, exceto:
a) A
CEPAL teve um papel decisivo na criação da ALALC.
b) Os países
produtores de bens primários deveriam diversificar sua produção, deixando de ser
produtores de monoculturas.
c) Os países em desenvolvimento
deveriam abrir suas economias para torná-las mais competitivas e assim
conquistarem espaço no comércio internacional.
d) Os países em
desenvolvimento deveriam procurar exportar produtos
manufaturados.
e) O comércio internacional tendia a gerar uma
desigualdade básica nas relações de troca (uma deterioração nas relações de
troca) pois os preços das matérias-primas (dos países em desenvolvimento) tendia
a declinar a longo prazo, enquanto o preço dos produtos manufaturados
(fabricados em geral em países desenvolvidos) tendia a subir.
10-
Tradicionalmente os países latino-americanos mantiveram economias fechadas,
fundamentalmente primário-exportadoras, com uma indústria incipiente e
protegida; governos grandes, nacionalistas e pouco eficientes; setores privados
excessivamente tímidos e quase inexistentes, sociedades simples, mas
tremendamente dicotômicas; mercados de trabalho fortemente concentrados, e uma
cultura paroquial que, de acordo com um ditado mexicano, vivia agarrada ao
passado. Os primeiros passos de sua inserção no processo de globalização lhes
deram acesso aos mercados comerciais, tecnológicos e financeiros internacionais
e, o que é mais importante, aos mercados do conhecimento e das idéias, que
favoreceu o fortalecimento de suas vinculações políticas com o resto do mundo,
permitindo-lhes constituir esquemas de integração competitivos, abertos e
extrovertidos, proporcionando a diversificação de sua estrutura social e
ocupacional, exercendo pressão para a melhoria de seus sistemas educativos,
estabelecendo desafios, cujas respostas estão surpreendentemente atrasadas, do
ponto de vista da modernização de seus sistemas políticos e do Estado.
Já
vimos que o comércio internacional depende das diferenças dos custos (ou preços)
relativos dos artigos produzidos pelos vários países. Por que os países
apresentam uma estrutura de custo diferenciado?
a) A resposta nos é
dada pelo economista Adam Smith em sua obra “Comércio Inter-regional e
Internacional”.
b) A resposta nos é dada pelo economista Francis
Fukuyama em sua obra “Comércio Inter-regional e Internacional”.
c)
A resposta nos é dada pelo economista Peter Schumpeter em sua obra “Comércio
Inter-regional e Internacional”.
d) A resposta nos é dada pelo
economista Paul Singer em sua obra “Comércio Inter-regional e
Internacional”.
e) A resposta nos é dada pelo economista Bertil
Ohlin em sua obra “Comércio Inter-regional e Internacional”.
11- Os
fundadores da teoria do desenvolvimento, que provinham principalmente da
economia dos anos cinqüenta, como Nurkse, Myrdall, Rosenstein-Rodan, Singer,
Hirschmann, Lewis e, certamente, Prebisch, não só centraram sua análise nas
diferenças estruturais existentes entre os países desenvolvidos e os países em
desenvolvimento, mas também postularam, a partir de ângulos distintos, que a
forma de funcionar dos países desenvolvidos constitui a causa principal do
subdesenvolvimento destes últimos.
As estratégias de desenvolvimento
recomendadas e seguidas nos países subdesenvolvidos – e especialmente na América
Latina – tenderam a ser diametralmente opostas às políticas dos países
industriais. Com efeito, devido à tendência secular de deterioração dos termos
de intercâmbio dos produtos industriais que os países desenvolvidos exportavam e
os bens primários que exportavam os países atrasados, a única solução a médio e
longo prazos para estes últimos seria modificar sua inserção na economia
mundial, produzindo localmente aqueles bens industriais que antes importavam,
através de políticas que procurassem substituir essas importações, criando uma
indústria nacional protegida pelo Estado.
a) Por essa razão, a
transferência de população do setor primário para o setor industrial contribui,
em muitos casos, para a degeneração do nível de vida dessa
população.
b) Por essa razão, os países subdesenvolvidos,
pesadamente dependentes da produção e exportação de produtos primários, acabam
rejeitando a teoria das vantagens comparativas e procuram industrializar-se a
qualquer custo.
c) Por essa razão, os governantes dos países
subdesenvolvidos procedem unicamente do ponto de vista político, evitando
introduzir indústrias em seu país, pois politicamente, não aumentarão seu
prestígio junto à população.
d) Por essa razão, países como o
Brasil, procuraram dedicar-se somente à produção de um único artigo (soja, por
exemplo). Dessa forma, ele poderá utilizar parte dos fatores na produção da
soja, mas o restante poderá aplicar na produção de outros artigos, mesmo
sofisticados, como automóveis, computadores e aviões.
e) Por essa
razão, os países subdesenvolvidos e em desenvolvimento procuram manter a
capacidade de produzir um único artigo, considerado estratégico, tal como
combustível, café, armamento bélico etc., mesmo que tal atitude seja
desinteressante em termos puramente econômicos.
12- O conceito de
vantagens comparativas refere-se a:
a) Conceito de vantagens
baseados na idéia de alternativas de produção, onde se relacionam dois produtos
(A e B) produzidos por dois países distintos (1 e 2) comparando-os ao longo da
curva de produção. Possui vantagem comparativa o país onde for maior o
deslocamento em direção a curva de fronteira de produção (em termos
possibilidades tecnológicas de produção) na produção dos produtos (A e
B).
b) Conceito de vantagens onde estas são baseadas na idéia de
produtividade onde se relacionam dois produtos (A e B) produzidos por dois
países distintos (1 e 2) comparando-os em termos de produtividade. Possui
maiores vantagens comparativas aquele país que possuir a menor eficiência
relativa na produção de um dos bens.
c) Conceito de vantagens onde
estas são baseadas na idéia de abundância de fatores de produção, onde se
relacionam dois produtos (A e B) produzidos por dois países distintos (1 e 2)
comparando-os em termos da referida disponibilidade. Possui maiores vantagens
comparativas aquele país que possuir a maior disponibilidade de recursos na
produção de um dos bens.
d) Conceito de custos onde se relacionam
dois produtos (A e B) produzidos por dois países distintos (1 e 2)
comparando-os. Possui vantagem comparativa o país onde for menor a relação de
custos de produção dos produtos (A e B).
e) Conceitos de custos de
oportunidade onde se relacionam dois produtos (A e B) produzidos por dois países
distintos (1 e 2) comparando-os. Possui vantagem comparativa o país onde for
menor o custo de oportunidade (em termos de oportunidade de benefício não
aproveitada) na produção dos produtos (A e B).
13- As Barreiras
Não-Tarifárias (BNT) são freqüentemente apontadas como grandes obstáculos ao
comércio internacional. Podem vir a se constituir Barreiras Não-Tarifárias (BNT)
todas as modalidades abaixo, exceto:
a) Direitos
Aduaneiros
b) Normas de segurança
c)
Quotas
d) Sistemas de Licença de Importação
e) Medidas
fitossanitárias
14- Entre as razões abaixo, indique aquela que não
leva à adoção de tarifas alfandegárias.
a) Aumento de arrecadação
governamental
b) Proteção à indústria nascente
c)
Estímulo à competitividade de uma empresa
d) Segurança nacional
(defesa)
e) Equilíbrio do Balanço de
Pagamentos
15- Entre as afirmativas
abaixo, indique aquela que não constitui subsídio permitido pela Organização
Mundial do Comércio (OMC).
a) Apoio para atividades de
pesquisa.
b) Assistência para regiões
desfavorecidas.
c) Tarifas de Transporte e Fretes mais favoráveis
para produtos destinados à exportação.
d) Apoio para promover
adaptações de instalações existentes para novas exigências de ambiente impostas
por lei que resultem em carga financeira desde que, entre outras, esse apoio
seja único e não ultrapasse a 20% do custo de adaptação.
e)
Subsídios genéricos.
16- Sobre os Direitos Compensatórios, pode-se
fazer todas as afirmativas abaixo, exceto que:
a) Os membros devem
assegurar que a imposição de direitos compensatórios sobre qualquer produto do
território de outro membro e que seja importado para dentro de seu território
esteja de acordo com o Artigo VI do Acordo Geral.
b) Direitos
compensatórios só podem ser impostos após uma investigação ter sido iniciada e
conduzida de acordo com os dispositivos do Acordo sobre Medidas
Compensatórias.
c) No caso de subsídios acionáveis que estejam
causando dano material à indústria doméstica, o membro pode escolher aplicação
de anti-subsídios ou medidas compensatórias.
d) Uma investigação
para ser iniciada necessita de uma determinação de uma autoridade da área
competente.
e) A investigação deve ser encerrada se as autoridades
envolvidas estiverem satisfeitas de que não existe evidência suficiente de
subsídio ou de dano.
17- Julgue as opções abaixo e assinale a
correta.
a) O livre-cambismo é uma doutrina de comércio
estabelecida através de tarifas protecionistas, a subvenção de créditos, a
adoção de câmbios diferenciados.
b) O livre-cambismo só beneficia
os países em desenvolvimento, que apresentam uma pauta de exportações onde a
maioria dos produtos possui demanda inelástica.
c) O livre-cambismo
é uma doutrina pela qual o governo não provê a remoção dos obstáculos legais em
relação ao comércio e aos preços.
d) O livre-cambismo defende a
adoção de tarifas em situação de defesa nacional.
e) O
livre-cambismo rege que a livre troca de produtos no campo internacional, os
quais seriam vendidos a preços mínimos, num regime de mercado, se aproximaria ao
da livre concorrência perfeita.
18- Para a determinação de dano, é
incorreto afirmar:
a) A determinação de dano deve estar baseada em evidência
positiva.
b) O termo deve significar dano material a uma indústria
doméstica, ameaça de dano material ou o retardamento material do estabelecimento
de uma indústria.
c) A determinação de dano deve implicar um exame
objetivo de volume de importações subsidiadas e o efeito destas sobre os preços
no mercado doméstico para produtos similares.
d) Com relação aos
efeitos das importações sobre os preços, deve-se observar se o preço dos
produtos importados não é superior ao preço do produto similar nacional e a
qualidade de ambos.
e) Medidas de salvaguarda aplicadas a um
produto.
19- A Teoria do Ciclo de Vida do Produto foi criada por R.
Vernon. Os enunciados citados abaixo são pressupostos da Teoria,
exceto:
a) A Teoria procura explicar o comércio internacional a
partir do progresso tecnológico.
b) As vantagens comparativas
estariam sempre nos países desenvolvidos.
c) Novos Produtos e
Processos Produtivos tendem a surgir nos países ricos devido à demanda por
produtos sofisticados, pela existência de capacidade empresarial e mão-de-obra
especializada para trabalhar em Pesquisa e Desenvolvimento.
d) As
inovações surgidas nos países desenvolvidos dão a estes situação de monopólio
provisoriamente na produção de um certo bem.
e) À medida que os
produtos fossem ficando padronizados poderiam ser produzidos em outros locais,
inclusive países em desenvolvimento.
20- Não constitui
princípio e prática da Organização Mundial do Comércio (OMC):
a)
Proibição de utilização de tarifas
b) Nação mais
favorecida
c) Tratamento nacional
d)
Transparência
e) Eliminação das restrições
quantitativas
21- Uma das grandes novidades do sistema de comércio
internacional é a discussão sobre a possível adoção de regras internacionais de
concorrência na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Entre os argumentos
utilizados, não se pode citar:
a) Como parte de uma estratégia de
acesso a mercados, já que práticas anti-competitivas impedem empresas de um país
de entrarem em outros mercados.
b) Para evitar conflitos de
legislação e jurisdição entre países.
c) Para aumentar a eficácia e
a coerência das leis de concorrência nos países que já as
possuem.
d) Para fortalecer o sistema de comércio
internacional.
e) Para permitir que as autoridades administradoras
das leis de concorrência de algum país resolvam problemas de acesso a mercado
através da extensão da cobertura de suas regras nacionais.
22- Não
constitui prática restritiva adotada pelos governos:
a) Acordos de
preços predatórios para os produtos exportados e para os produtos de venda
doméstica.
b) Manutenção de barreiras à entrada no mercado de
produto estrangeiro para proteger o produtor doméstico.
c)
Estabelecimento de relações privilegiadas fornecedor-cliente, impedindo acesso
ao mercado de fornecedores externos.
d) Negociação de acordos
voluntários de exportação.
e) Formação e operação de cartéis de
crise, cujo objetivo é a recuperação de indústrias em
dificuldade.
23- A abertura comercial esboçada em 1987 e realizada
efetivamente entre 1990 e 1994 teve conseqüências extraordinariamente benéficas
para a economia brasileira, principalmente na medida em que obrigou a indústria
brasileira a aumentar de forma dramática sua produtividade. Segundo Bresser
Pereira, esta, que na segunda metade dos anos 80 permaneceu estagnada, aumentou
em 50% na primeira metade dos anos 90, em função, principalmente, do desafio
representado pela abertura.
Antecipando-se à abertura, entretanto, um outro
fenômeno fundamental ocorria no comércio internacional do Brasil: a integração
econômica, a partir de 1986, com a Argentina, que, em 1991, com o Tratado de
Assunção, transformou-se no Mercosul.
São ganhos do Mercosul, todas
as assertivas abaixo, exceto:
a) Maior eficiência na produção pela
especialização crescente dos agentes econômicos.
b) Coordenação de
políticas monetárias e fiscais com a redução de pressão sobre as moedas
nacionais.
c) Maior aproveitamento das economias de escala
permitidas pela ampliação do mercado.
d) Mudança positiva na
eficiência econômica dos agentes, em virtude de maior concorrência
intra-setorial.
e) Mobilidade dos fatores através das fronteiras
entre os países-membros permitindo uma alocação ótima de
recursos.
24- Sentindo-se desconfortáveis no GATT os
países em desenvolvimento (PEDs) passaram a expor seus pontos de vista na
Organização das Nações Unidas (ONU) e a cogitar uma nova conferência
internacional sobre comércio, mas com enfoque diferente da anterior (Conferência
Internacional sobre Comércio e Emprego que resultou na Carta de Havana) e fazer
uma sobre comércio e desenvolvimento; e que atenderia a aspectos de interesse
dos PEDs que se sentiam marginalizados pelo GATT.
Contando com o apoio na ONU
da ex-URSS, dos ex-países socialistas, e dos países em desenvolvimento (PEDs)
“periféricos” (Austrália, Países Nórdicos, etc.) iniciam uma batalha jurídica
até que a Resolução 917 convoca uma Conferência das Nações Unidas sobre o
Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD).
Sobre a UNCTAD, não se pode
fazer a seguinte afirmativa:
a) Foi criada em 1964 em Genebra pelos
PEDs com forte influência da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe
(CEPAL).
b) Tem como principal missão fomentar o comércio
internacional para acelerar o desenvolvimento econômico.
c)
Defendia o estabelecimento de Acordos Internacionais de Mercadorias
(AIMs).
d) Acredita que o livre comércio pode levar ao
desenvolvimento pela teoria das vantagens comparativas.
e) Defendia
o Princípio da Deterioração das Relações de Troca.
25- “É sabido
que todo processo de desenvolvimento econômico exige volume apreciável de
divisas para financiar a importação de bens de equipamento. Os países
subdesenvolvidos dependem, para suas receitas de divisas, da exportação de
produtos primários, cujo mercado vem declinando cada vez mais nos países
industriais.
Em outubro de 1970, foi instituído pela Conferência das Nações
Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) o Sistema Geral de
Preferências, conhecido por SGP.”
Acerca do Sistema Geral de
Preferências (SGP) e do Sistema Global de Preferências Comerciais (SGPC),
pode-se afirmar que:
a) A principal diferença entre o GATT e o SGPC
é que, enquanto o GATT utiliza o princípio da nação mais favorecida, o SGPC
utiliza o sistema de acordos preferenciais dentro do sistema.
b) O
sistema foi incorporado ao GATT nos anos 70, com a cláusula de habilitação
(Enabling Clause após a Rodada Tóquio).
c) O SGP constitui um
conjunto de regras gerais adotadas universalmente para estimular as exportações
de bens dos PEDs, supervisionadas pela CEPAL.
d) O SGPC defende uma
eliminação de tarifas entre PEDs.
e) A principal vantagem do SGP é
a isenção das tarifas de importação.
26- Sobre balanço de
pagamentos, não se pode fazer a seguinte afirmativa:
a) Balança de pagamento
é um registro contábil de todas as transações de um país com os outros países do
mundo.
b) A balança de pagamento deve estar sempre em equilíbrio
.
c) A balança comercial e a balança de serviços formam a “balança
de transações correntes”.
d) A balança de serviços inclui, entre
outros, serviço de transporte (fretes), assistências técnicas, lucros e
royalties, remetidos pelas empresas transnacionais.
e) Na balança
de capitais são registrados o capital das firmas estrangeiras que ingressam no
país sob a forma de empréstimos. Os empréstimos de outros governos para o
governo brasileiro, empréstimos do FMI, etc. e os juros que o Brasil paga pelos
empréstimos fornecidos por outras nações.
27- A política cambial
está, fundamentalmente, baseada na administração da taxa (ou taxas de câmbio e
no controle das operações cambiais; embora indiretamente ligada à política
monetária, destaca-se desta por atuar mais diretamente sobre todas as variáveis
relacionadas às transações econômicas do País com o exterior.
Acerca do
conceito e/ou política cambial, assinale, nas opções abaixo, a afirmativa
incorreta.
a) A taxa de câmbio é o preço de uma moeda em termos de
outra.
b) A curva de demanda de exportações é crescente em relação
ao preço ou à taxa de câmbio.
c) Os ofertantes de divisas são
exatamente os exportadores que receberam, em troca de suas vendas, moedas
estrangeiras que não poderão ser usadas no país.
d) A demanda de
divisas é constituída por importadores que necessitam de moedas estrangeiras
para efetuar suas compras.
e) Quanto maior a taxa de câmbio, maior
o volume que as empresas desejam exportar.
28- A Teoria da
Concorrência Monopolítica não tem o seguinte pressuposto:
a)
Existência de economias de escala.
b) Existência de diferenciação
de produtos.
c) Existência de importante comércio
intra-indústria.
d) Se há comércio intra-indústria, um país pode
produzir todos os bens.
e) Existência de um grande número de firmas
produzindo bens diferenciados.
29- O Fundo Monetário Internacional
(FMI), surgido como resultado da Conferência Monetária e Financeira, realizada
em Bretton Woods, New Hampshire, Estados Unidos, em 1944, com a participação de
44 países, vem a ser, em síntese:
a) Uma agência de crédito voltada
para o micro crédito de projetos no setor rural e no setor informal da
economia.
b) Uma instituição financeira reunindo um grupo de países
ricos e pobres.
c) Uma instituição destinada a colaborar na
manutenção do equilíbrio dos balanços de pagamentos, quando afetados por
oscilações de caráter estável ou cíclico.
d) Uma instituição que
mantém contas de depósitos em diferentes moedas junto a outros bancos no
exterior, seus correspondentes.
e) Um banco que aceita depósitos em
moeda estrangeira de empresas ou particulares para saldar os débitos decorrentes
de suas compras internacionais.
30- 1958. O Brasil vive o auge da
euforia desenvolvimentista. Amplia a infra-estrutura econômica, industrializa-se
rapidamente, urbaniza-se, constrói nova capital, cresce aceleradamente. Estados
Unidos e União Soviética disputam poder e espaço no mundo. Acirradamente. É a
Guerra Fria. Capitalismo versus socialismo. Disputa de áreas de influência,
política americana de contenção do expansionismo soviético. Em Cuba, a guerra de
guerrilhas de Fidel Castro desestabiliza a desgastada ditadura de Fulgencio
Batista, que cai no início de 1959. As questões político-ideológicas fervilham
nos empobrecidos América Latina e Caribe. Em Washington, a região é vista como
uma área de chasse gardée dos americanos. Na prática, o pan-americanismo está
hibernado. Projetos como o da criação do banco regional não encontram
espaço.
Os Estados Unidos consideram suficiente o seguinte
tripé:
a) BID, BIRD e CFI
b) FMI, Banco Mundial e
Eximbank
c) CFI, OEA, GATT
d) GATT, FMI, Banco
Mundial
e) UNCTAD, GATT e FMI
COMÉRCIO
INTERNACIONAL
31- Dois países, ao reduzirem suas tarifas de importação entre
si ao nível mais baixo possível com vistas a uma liberalização integral do
comércio recíproco dentro de dez anos, sem, entretanto, estabelecerem uma tarifa
externa comum para as importações de terceiros países, pretenderam
criar
a) uma união monetária
b) uma ZPE (Zona de
Processamento de Exportações)
c) uma união
aduaneira
d) uma zona franca
e) uma zona de livre
comércio
32- Duas ou três firmas que dominem sozinhas o suprimento
de um mercado X e que necessariamente devam policiar as políticas de preço de
cada uma das concorrentes, porquanto a ação ou reação de cada uma afete sua
respectiva operação, atuam em mercado com as características de
a)
Monopsônio
b) Monopólio
c) Oligopólio
d)
Mercado de concorrência perfeita
e) Mercado
regulamentado
33- Ao conjunto dinâmico do intercâmbio físico de
bens e de serviços, bem como dos fluxos financeiros correspondentes, entre os
diversos países, regiões e grupos econômicos do mundo, resultante da divisão
internacional do trabalho, da dotação diferenciada dos fatores de produção e da
diversidade das habilidades adquiridas por cada participante, poder-se-ia
denominar
a) Balança de Serviços
b) Comércio
Exterior
c) Comércio Internacional
d) Comércio
Intrazonal
e) Comércio Fronteiriço
34- Durante crise
de encomendas à produção interna de determinado produto do país A, ameaçada pelo
aumento desproporcional das importações similares dos países B e C, que
subsidiam fortemente a produção e a exportação desse produto, as autoridades
econômicas do país A, a fim de obterem uma redução imediata da quantidade do
produto importado - bem conhecendo a preferência de seus consumidores pela
oferta estrangeira e a inferior qualidade da mercadoria doméstica - deverão
adotar como medida mais eficaz a seus propósitos
a) o aumento da
tarifa aduaneira nas posições referentes a esse produto, a fim de encarecer os
importados, para benefício da indústria nacional
b) a criação de
subsídios à produção e à comercialização do produto manufaturado no
país
c) o aumento dos impostos de exportação, a fim de desestimular
as exportações do produto doméstico para mercados tradicionais
d) o
contingenciamento dos produtos importados, fixando quotas ao produto para os
países exportadores
e) o estímulo à preferência pelo produto
nacional, mediante a promoção de sorteios de prêmios para seus
consumidores
35- A Secretaria de Comércio Exterior - SECEX - tem
entre suas principais atribuições e objetivos:
a) administrar os tributos
internos e aduaneiros da União
b) propor e estabelecer normas sobre
as operações de câmbio no Comércio Exterior
c) certificar os
documentos sanitários das exportações brasileiras
d) financiar as
operações de exportação
e) coordenar a aplicação da defesa contra
práticas desleais de Comércio Exterior, bem como de medidas de salvaguardas
comerciais
36- Compete à Secretaria da Receita Federal -
SRF
a) financiar diretamente a produção nacional de bens a
exportar
b) acompanhar a execução da política tributária e fiscal e
estudar seus efeitos na economia do país
c) formular propostas de
políticas e de programas de promoção do Comércio Exterior
d)
estabelecer diretrizes para a política de desregulamentação do Comércio
Exterior
e) elaborar pesquisa de mercado externo, coletar,
processar, acompanhar e difundir informações sobre oportunidades comerciais e de
investimentos para o Brasil
37- O órgão executivo regulador das
operações de câmbio do Comércio Exterior, que também as fiscaliza e controla,
é
a) o Conselho Monetário Nacional - CMN
b) o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES
c) a Câmara
de Comércio Exterior - CAMEX
d) a Secretaria da Receita Federal -
SRF
e) o Banco Central do Brasil - BACEN
38- A
entidade normativa superior do Sistema Financeiro Nacional, responsável pela
fixação das diretrizes da política monetária, creditícia e cambial do Brasil
é
a) a Câmara de Comércio Exterior do Conselho do
Governo
b) o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social
c) o Conselho Nacional de Política
Fazendária
d) o Conselho Monetário Nacional
e) o Banco
Central do Brasil
39- A classificação de mercadorias na
Nomenclatura do Sistema Harmonizado é determinada
a) pela aplicação de 4
Regras Gerais, 2 Regras Especiais, 1 Regra Geral Complementar e pelas Notas de
Capítulos e Notas de Seção
b) aplicando-se 6 Regras Gerais e,
quando se tratar de mercadorias objeto de desdobramentos nas subposições e
itens, pela aplicação da Regra Geral Complementar e das Notas de
Seção
c) pela aplicação de 6 Regras Gerais, 1 Regra Geral
Complementar e subsidiariamente pelas Notas Explicativas do Sistema Harmonizado
(NESH) e, na utilização da Tabela Simplificada de Designação e de Codificação de
Produtos (TSP), aplicam-se duas Regras Gerais a ela relativas
d)
exclusivamente pela interpretação dos textos das posições e das Notas de Seção e
de Capítulo e subsidiariamente pelas Notas Explicativas do Sistema Harmonizado e
Notas Complementares da Tabela de Incidência do IPI (TIPI)
e) pela
aplicação de regras lógicas e regras técnicas, e pelos Ditames de Classificação
da Nomenclatura Comum do MERCOSUL, Notas Interpretativas da Organização Mundial
das Alfândegas (OMA) e Pareceres Normativos e Decisões dos órgãos singulares e
colegiados da Secretaria da Receita Federal (SRF)
40- A
Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM)
a) tem por base a Nomenclatura do
Conselho de Cooperação Aduaneira (NCCA), e é aplicável no comércio dos países do
MERCOSUL com todos os demais países
b) tem por base a Classificação
Uniforme para o Comércio Internacional (CUCI), e é aplicável no comércio dos
países do MERCOSUL com todos os demais países
c) é aplicável apenas
no comércio interno do Brasil e no comércio com os países do
MERCOSUL
d) é adotada pelos países do MERCOSUL exclusivamente para
a elaboração das tarifas dos impostos de importação e de exportação no comércio
recíproco, adotando-se no comércio com os demais países as Tarifas Aduaneiras
Nacionais
e) é baseada na Nomenclatura do Sistema Harmonizado de
Designação e de Codificação de Mercadorias e adotada para a formulação da Tarifa
Externa Comum (TEC) e da Tabela de Incidência do IPI (TIPI)
41- O
INCOTERMS (International Commerce Terms) limita-se a orientar os termos da
exclusiva relação entre
a) o transportador e o segurador de
mercadorias embarcadas
b) o operador de câmbio e o comprador de
produtos do exterior
c) o transportador e o comprador de bens em
consignação
d) o vendedor e o comprador de bens
tangíveis
e) o comprador das mercadorias e o banco
remetente
42- Ao elaborarem o contrato de compra e venda, as
partes, visando estabelecer um maior grau de compromisso para o vendedor,
escolherão, entre os abaixo mencionados Termos do Incoterms (International
Commerce Terms)
a) o EXW (ex works)
b) o CFR (cost and
freight)
c) o DDP (delivered duty paid)
d) o
CIF (cost, insurance and freight)
e) o FOB (free on board)
43- As atualizações sucessivas do Incoterms
(International Commerce Terms), desde 1936, têm ocorrido por
iniciativa
a) da OMC - Organização Mundial do
Comércio
b) do GATT - Acordo Geral de Tarifas e de
Comércio
c) do ITC - Centro Internacional do
Comércio
d) da UNCTAD - Conferência das Nações Unidas sobre
Comércio e Desenvolvimento
e) da CCI - Câmara de Comércio
Internacional
44- Na modalidade FOB (free on board) do
Incoterms (International Commerce Terms), caberá
a) ao comprador
obter todas as licenças, autorizações, e atender às demais formalidades
referentes à exportação
b) ao vendedor obter, a seu próprio risco e
custo, quaisquer licenças de importação
c) ao vendedor entregar as
mercadorias no porto do embarque nomeado, na data ou dentro do período acordado,
na maneira habitual desse porto e a bordo do navio designado pelo
comprador
d) ao vendedor entregar as mercadorias no porto de
desembarque nomeado, na data ou dentro do período acordado, na maneira habitual
desse porto e a bordo do navio designado pelo comprador
e) ao
vendedor colocar as mercadorias à disposição do comprador nas suas instalações
ou noutro local nomeado, não desembaraçadas para exportação nem embarcadas em
qualquer veículo coletor
45- De uma maneira geral, com as exceções
previstas na legislação específica, pode-se afirmar que os requisitos de
inexistência de similar nacional e de transporte obrigatório em navio de
bandeira brasileira devem ser observados nas importações
a) às
quais se aplicam os regimes aduaneiros especiais excluídos os de trânsito
aduaneiro e exportação temporária
b) beneficiadas com alíquota zero
ou redução de alíquota do imposto de importação, constantes da Tarifa Externa
Comum (TEc)
c) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de
importação
d) beneficiadas com isenção ou suspensão do imposto de
importação
e) beneficiadas com isenções ou reduções do imposto de
importação vinculado à qualidade do importador, à destinação dos bens e as
decorrentes de Acordos Internacionais (preferências tarifárias)
46-
A importação de bens doados e usados consistindo de
a) bens de
capital comprovadamente sem similar nacional mediante prévia análise das
condições e autorização, pelo DECEX, sujeita-se a licenciamento não-automático
previamente ao embarque no exterior, aplicando-se na base de cálculo do imposto
de importação os métodos de valoração previstos na legislação específica com
exclusão do primeiro (valor de transação)
b) bens de capital, sem
similar nacional, sujeita-se a licenciamento automático aplicando-se para base
de cálculo do imposto de importação o valor computado no país de
exportação
c) bens de capital com similar nacional, sujeita-se a
licenciamento não-automático previamente ao despacho aduaneiro, aplicando-se na
valoração aduaneira o método do valor de revenda no mercado
interno
d) bens de consumo, não será autorizada em quaisquer
circunstâncias por ser contrária aos interesses sociais, comerciais, industriais
e tributários do País
e) bens de consumo, deve ser previamente
licenciada e autorizada, aplicando-se na valoração aduaneira o primeiro método
(valor de transação)
47- A empresa Alfa Bética Indústria
de Componentes Automotivos Ltda. pleiteou junto ao DECEX redução de alíquota do
imposto de importação para uma fresadora especial, sem similar nacional, para
emprego no seu processo produtivo de engrenagens cônicas para automóveis, cujo
processo, após exaustiva análise, culminou com o deferimento do pedido, passando
a figurar na TEC como "ex"- tarifário. Passados 2 (dois) anos a empresa encerrou
suas atividades e a referida máquina foi vendida a outra empresa para ser
utilizada na produção de engrenagens helicoidais para equipamentos navais, sem
autorização prévia da Secretaria da Receita Federal para manutenção da referida
redução de imposto. Ato contínuo, em fiscalização na empresa, a Secretaria da
Receita Federal
a) Considerou regulares as operações,
deixando de instaurar qualquer procedimento fiscal contra a empresa importadora
e a adquirente do bem, levando em consideração a natureza objetiva da redução
tributária
b) exigirá totalidade dos tributos dispensados na
importação, com os acréscimos legais, alegando que a redução tributária foi
vinculada à destinação do bem e no caso houve transferência de propriedade para
empresa que o utilizou para outra finalidade, além do que não houve prévia
autorização do órgão fiscal
c) exigirá os tributos dispensados, com
depreciação do valor do bem em 25% em função do tempo decorrido (24 meses) tendo
em vista a redução ter sido vinculada à qualidade do importador e a
transferência sem autorização prévia da autoridade fiscal
d)
exigirá os tributos dispensados, com depreciação do valor do bem em 25% em
função de tempo decorrido (24 meses) tendo em vista a redução ter sido vinculada
à destinação do bem e a transferência de propriedade ter sido feita sem prévia
autorização da fiscalização
e) exigirá a totalidade dos tributos
dispensados na importação, com os acréscimos legais alegando que a redução
tributária foi vinculada à qualidade do importador, tanto que tal redução foi
deferida à empresa mediante processo específico, além do que não foi solicitada
prévia autorização da autoridade fiscal
48- O regime aduaneiro
aplicável em regra no despacho aduaneiro de importação de mercadoria
nacionalizada, dentro de noventa dias da descarga na zona primária,
caracteriza-se como:
a) regime aduaneiro
atípico
b) regime aduaneiro comum
c) regime aduaneiro
especial
d) regime aduaneiro simplificado
e) regime
aduaneiro impositivo
49- Sujeitam-se ao licenciamento
não-automático previamente ao embarque as importações
a) objeto de
arrendamento operacional simples sob regime de admissão temporária a serem
utilizados em atividade econômica
b) sob regime de admissão
temporária, exceto quando se tratar de obras audiovisuais condicionadas à
manifestação de Secretaria do Desenvolvimento Audiovisual do Ministério da
Cultura
c) sob regimes aduaneiros atípicos de loja franca, depósito
franco, depósito afiançado e depósito especial alfandegado
d) sob
regimes aduaneiros especiais de entreposto aduaneiro e entreposto
industrial
e) de materiais de reposição e conserto para uso de
embarcações ou aeronaves estrangeiras
50- O valor tributável do
imposto de importação (valor aduaneiro) para efeito de garantia a ser
discriminada em Termo de Responsabilidade referente a mercadoria importada a ser
submetida ao regime aduaneiro especial de admissão temporária sem pagamento de
impostos, tem por base
a) o valor de mercadoria idêntica à
importada
b) o valor de mercadoria similar à
importada
c) o valor computado para essa mercadoria no país de
exportação acrescido das despesas de frete e seguro
d) o valor
constante na declaração de importação e nos documentos que a
instruem
e) o valor de revenda da mercadoria importada, deduzidos
os tributos internos, despesas e margem de lucro
51- No despacho
aduaneiro de exportação em consignação de mercadoria produzida no País com
insumos estrangeiros utilizados na sua complementação e acondicionamento, não
objeto de ato concessório de drawback e cuja conferência e desembaraço aduaneiro
processaram-se exclusivamente no porto de embarque
a) após o
registro da operação no SISCOMEX, comprovada a venda da mercadoria no exterior e
averbação do embarque, o exportador pode habilitar-se ao drawback - restituição,
no prazo de 90 (noventa) dias da efetiva exportação, desde que instrua o
processo com laudo técnico onde se comprove a relação insumo importado/unidade
do produto exportado, com discriminação dos componentes importados, percentuais
de quebra no processo produtivo, declarações de importação, prova do
recolhimento dos tributos, declaração de despacho de exportação (DDE) e
conhecimentos de carga respectivos, dispensada a conferência especial
prévia
b) é necessário o registro da operação de exportação no
SISCOMEX por se tratar de exportação com caráter de definitividade, podendo o
exportador habilitar-se à restituição dos tributos na modalidade de drawback
-restituição após a averbação do embarque pela autoridade aduaneira e desde que
pleiteada dentro do prazo decadencial de 5 (cinco ) anos na data de seu
pagamento
c) o exportador, uma vez comprovado o embarque da
mercadoria, poderá importar com isenção de tributos outra em quantidade e
qualidade equivalente, bastando para isso que o despacho aduaneiro de importação
seja instruído apenas com os seguintes documentos: fatura comercial,
conhecimentos de carga da mercadoria importada, conhecimento de carga da
mercadoria exportada com averbação do embarque e declarações de importação dos
insumos anteriormente importados, registradas até 5 anos antes do pedido de
drawback
d) é imprescindível o registro da operação no SISCOMEX,
sendo defeso ao exportador habilitar-se ao drawback - restituição, tendo em
vista que a conferência aduaneira da mercadoria a exportar ocorreu
exclusivamente no porto de embarque, sem ter sofrido conferência especial antes
de seu embarque
e) é dispensado o registro no SISCOMEX, só
ocorrível após o ingresso da moeda estrangeira pela venda da mercadoria no
exterior, após o que, pode o exportador ressarcir-se dos tributos pagos na
importação na modalidade de drawback - restituição
52- O ato final
do despacho aduaneiro de importação (1) e do despacho aduaneiro de exportação
(2) consiste, respectivamente:
a) na autorização para entrega (1) e
na autorização para embarque (2)
b) no desembaraço aduaneiro (1) e
na averbação de embarque ou de transposição de fronteira (2)
c) na
conferência aduaneira (1) e na verificação física da mercadoria
(2)
d) no recebimento da mercadoria pelo importador (1) e na
entrega da carga a empresa transportadora (2)
e) na autorização
para saída dos armazéns alfandegados, recolhidas as tarifas de armazenagem e
capatazia (1) e na disponibilização da carga ao agente transportador
(2)
53- Para proteger-se do risco de não-pagamento (de origem
econômico, comercial ou político), operadores comerciais, ao recorrerem ao meio
de pagamento pelo qual um banco (emitente), a pedido ou por conta de importador
(tomador) assume documentalmente o compromisso de pagar ao exportador
(beneficiário), estão utilizando
a) a Carta de
Crédito
b) a Cobrança a Vista
c) a Cobrança a
Prazo
d) a Remessa sem Saque
e) a Remessa
Antecipada
54- Aos produtos importados sem cobertura cambial
destinados a seu próprio beneficiamento, montagem, acondicionamento ou
recondicionamento em que o interessado deve apresentar descrição detalhada do
processo industrial a ser realizado e a quantificação e qualificação dos
produtos reexportados resultantes da industrialização, aplica-se o regime
aduaneiro especial de
a) entreposto industrial aplicado aos
produtos não-nacionalizados
b) entreposto industrial sob controle
informatizado (RECOF), aplicado aos produtos nacionalizados
c)
drawback sem cobertura cambial
d) entreposto aduaneiro habilitado
às operações de industrialização
e) admissão
temporária
55- O regime aduaneiro especial de drawback, modalidade
isenção, pode ser concedido nas seguintes operações especiais de
drawback:
a) genérico, sem cobertura cambial e, para fornecimento
no mercado interno
b) solidário, genérico e,
"verde-amarelo"
c) sem cobertura cambial, com Acordo da
Participação com a Indústria Nacional homologado pelo DECEX e decorrente de
licitação internacional
d) intermediário, para embarcação e para
reposição de matéria-prima nacional
e) para fabricação de bem de
capital de longo ciclo de fabricação, fornecimento de bens para empresas
industriais exportadoras e industrialização por encomenda de produtos objeto de
leasing operacional
56- Considerando que uma importação brasileira
oriunda de países membro da ALADI - Associação Latino-Americana de Integração e
não membro do MERCOSUL, goza de uma margem de preferência de 30%(trinta por
cento) sobre a alíquota da TEC - Tarifa Externa Comum de 10%(dez por cento), o
imposto resultante alcançará o percentual de
a) 10%
b)
20%
c) 40%
d) 3%
e) 7%
57-
Determinado importador, após adquirir uma mercadoria e pagá-la ao exportador no
exterior, por razões comerciais, concordou em revendê-la ao próprio vendedor no
exterior, mediante pequeno lucro na operação. Tal operação configura
uma
a) importação vinculada à exportação
b)
exportação
c) reexportação
d)
redestinação
e) devolução
58- É válida a afirmação de
que os regimes aduaneiros especiais
a) caracterizam-se como um ato
ou negócio jurídico sob condição resolutiva, em que o fato gerador dos tributos
considera-se ocorrido e existentes os seus efeitos desde o momento da prática do
ato concessivo, sendo exigíveis os tributos retroativamente na hipótese de
inadimplemento
b) são destinados precipuamente a incrementar a
arrecadação tributária federal e estadual decorrente das atividades incentivadas
pela sua aplicação, sendo exigidos os tributos se houver o descumprimento dos
prazos e condições para sua vigência e a partir da ocorrência desse
descumprimento
c) são marcadamente econômicos e impedem a
ocorrência do fato gerador dos tributos incidentes sobre as mercadorias a eles
submetidas, que somente ocorrerá na hipótese de inadimplemento das condições
impostas à concessão, a partir do qual incidirão os tributos
d)
tendo em vista que os tributos têm sua exigibilidade suspensa no momento de sua
concessão, caracterizam-se como um ato ou negócio jurídico sob condição
suspensiva, em que o fato gerador considera-se ocorrido e existentes os seus
efeitos a partir de seu implemento
e) caracterizam-se pela
não-incidência dos tributos no período de sua vigência, considerando-se ocorrido
o fato gerador dos tributos somente a partir do inadimplemento das condições que
embasaram a sua concessão
59- A responsabilidade do
Operador de Transporte Multimodal de cargas, no transporte
internacional
a) perante o contratante, cobre o período
compreendido entre o instante da colocação da carga a bordo do veículo e a
ocasião da sua chegada ao destino, e, perante os órgãos fazendários, desde o
recebimento da carga na origem até o seu desembaraço aduaneiro
b)
com relação ao contratante, inicia-se desde sua inclusão no manifesto do veículo
transportador até a sua descarga no local alfandegado de destino e, perante os
órgãos fazendários, permanece desde a autorização para embarque no veículo até
sua descarga no recinto alfandegado de destino
c) relativamente ao
contratante do transporte, inicia-se com a entrega da carga no local de origem e
cessa quando da chegada do veículo ao local de destino e, relativamente à
Alfândega, inicia-se desde o recebimento dos documentos relativos à carga até o
desembaraço aduaneiro na importação ou averbação de embarque na
exportação
d) perante o contratante, cobre o período compreendido
entre o instante do recebimento da carga e a ocasião de sua entrega ao
destinatário, e perante os órgãos fazendários, permanece desde a concessão do
regime de trânsito aduaneiro até o momento da entrega da mercadoria ou carga em
recinto alfandegado de destino
e) perante o contratante na
importação, inicia-se desde a disponibilização da carga pelo importador na
condição FOB até a entrega do conhecimento de transporte à autoridade do local
de descarga para instruir o despacho aduaneiro e, no tocante aos tributos,
inicia-se desde a lavratura do Termo de Visita Aduaneira até o desembaraço
aduaneiro da carga
60- Embora do ponto de vista físico o
transporte intermodal e o transporte multimodal se assemelhem pela utilização de
modais diversificados, ocorre, entretanto, uma diferença significativa entre
eles, uma vez que
a) este utiliza obrigatoriamente vários contratos
para os diferentes modais do percurso total
b) aquele exige
obrigatoriamente contratos individuais para cada trecho do transporte e
pagamento individualizado a cada transportador dos diferentes
modais
c) aquele exige obrigatoriamente somente um único
contrato abrangente dos vários modais utilizados: aquaviário, terrestre,
aéreo
d) aquele envolve a emissão de apenas um documento de
transporte para todo o percurso, concentrando a responsabilidade em um único
transportador
e) este utiliza contratos internacionais de
transporte de mercadorias realizado entre países
diferentes
GABARITO | |
01 - A |
31 - E |
02 - C |
32 - C |
03 - E |
33 - C |
04 - D |
34 - D |
05 - C |
35 - E |
06 - B |
36 - B |
07 - D |
37 - E |
08 - A |
38 - D |
09 - C |
39 - C |
10 - E |
40 - E |
11 - B |
41 - D |
12 - D |
42 - C |
13 - A |
43 - E |
14 - C |
44 - C |
15 - C |
45 - C |
16 - D |
46 - A |
17 - E |
47 - A |
18 - B |
48 - B |
19 - B |
49 - A |
20 - A |
50 - D |
21 - E |
51 - A |
22 - A |
52 - B |
23 - B |
53 - A |
24 - D |
54 - E |
25 - A |
55 - D |
26 - E |
56 - E |
27 - B |
57 - B |
28 - D |
58 - A |
29 - C |
59 - D |
30 - B |
60 - B |